Quinta-feira, Setembro 19, 2024
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A difícil e deliciosa arte de ensinar …

Meu filho gosta da escola?  Será que a Educação Lúdica somaria em sua vida?

Já imaginou uma escola onde as crianças não vêem a hora de acabar o fim de semana, feriado ou até as férias para voltar a estudar? E não estou falando somente dos pequenos da educação infantil, ou crianças com lares passando por desafios. Difícil né?

Jamaika  Adriano, professor, coordenador e artista fala sobre esse possível “sonho de escola”.

Primeiro vamos desmistificar alguns conceitos. Longe de ser uma proposta de se aprender somente com jogos e brincadeiras como aparece em muitas definições, ele apresenta que a criatividade, as artes, os sentidos, a cultura, a comunidade, a leveza e o respeito são o que de fato definem uma Educação Lúdica.

Não é de hoje que algumas disciplinas ou matérias se destacam entre os estudantes na escola. É preciso sim valorizar as habilidades de alguns profissionais, algumas propostas bem interessantes e algumas datas do calendário que por si só causam muitas expectativas.

E qual o aspecto em comum que muitas vezes aparecem nessas propostas? A ludicidade.

O lúdico, muito mais frequente nos anos iniciais, nas disciplinas de educação física, artes, nos eventos do calendário escolar e o grande tempero apreciado pelos estudantes e não atoa, pois sua contribuição é de fato importante.

Todavia não foi sempre assim, observando uma linha do tempo, a escola sempre prestou um papel preponderante em atender os anseios da sociedade que a cerca. Atendeu alunos no clima de revolução indústria, por exemplo, no pós guerra, nas constantes revoluções tecnológicas, no isolamento social dentre outros momentos da cronologia humana mais recente.

O acesso cada vez mais fácil às ferramentas de informação, foi transformando e obrigando os espaços escolares e seus profissionais a se atualizarem, reinventarem, não se sustentando mais com o modelo tradicional do professor como o único detentor do saber, conteúdos distantes e desconectados da realidade dos aprendizes, além dos materiais especialmente gráficos, por vezes não sendo diversos, apresentarem visões por vezes arcaicas, sendo obsoletos e lentos em relação ao dinamismo de outras ferramentas como computadores por exemplo.

Porém, o que chama a atenção nessa proposta de educação, está no fato da abordagem que foge do rotineiro. Há momentos para se trabalhar a rotina e sua importância é valorosa. Contudo, simples fato de mudar de ambiente, utilizar de recursos como a música, o teatro, o jogo, por exemplo, já transformam a proposta muito mais interessante e significativa para o educando.

Se Aristóteles já classificou as categorias de homo ludens (o que brinca, o que cria), homo sapiens (o que conhece e aprende) e homo faber (o que faz, produz), a atenção depositada por Johan Huizinga quando escreveu Homo Ludens em 1938 ainda se apresenta muito coerente nos espaços escolares destacando a importância que o jogo, se bem trabalhado, exerce no desenvolvimento dos estudantes.

Dá trabalho? Sim! Mas educar nunca foi algo tão simples quanto infelizmente a sociedade brasileira traduz na forma como trata seus profissionais.

É fato que espaços que constroem programações diversificadas, baseadas em projetos que rompem os muros da escola e que possibilitam o acesso a diferentes saberes de forma leve significativa, estão sim promovendo uma educação transformadora.

E aí vai desde mudar a ordem das carteiras em alguns dias, sentar no chão, mudar de espaço, experimentar outros sentidos que não só a visão e audição, ir a campo estudar, entrevistar, vivenciar, resolver problemas coletivos através de projetos, trazer convidados da comunidade para somar, experienciar a troca dos papéis mais diversos nos espaços escolares, abusar do uso das artes todas, valorizar as culturas marginalizadas e formadoras da cultura brasileira como a cultura afro e indígena, transformar os eventos como carnaval, festa junina, mostra cultural dentre outros em verdadeiros espaços de interação , aprendizagem e valorização cultural, criar rituais coletivos de acesso à outros saberes como cozinhar, plantar, costurar, etc, transformar os espaços de recreio em acesso à culturas diversas, mas especialmente de livre escolha já que é recreio, transformar bibliotecas em espaços de shows, saraus, apresentações teatrais, promover cinemas escolares com debates e pipoca, talvez alimentos cultivados na própria horta comunitária da escola que não só abastece a escola, mas as pessoas em vulnerabilidade ao redor, através de novos projetos entre escola, estudantes e famílias.

Enfim, ensinar o estudante a aprender é de fato promover sua liberdade e se essa trajetória for feita permeada de leveza, respeito e alegria a libertação atinge quem ensina, quem aprende e o ato de amor se consolida, pois educar assim é o verdadeiro ato de amar.

Esse artigo é dedicado aos estudantes que ele encontrou nos espaços de educação que atuou. Encontrou profissionais incríveis e dotados de muita habilidade e especialmente criatividade dos quais estabeleceu parcerias. Alguns espaços se aproximaram mais, outros se distanciaram muito (os que durou menos…) outros o inspiraram, outros viu muito potencial. Contudo, em todos encontrou o principal para poder realizar propostas como essa: PESSOAS! De diferentes idades, da educação infantil ao ensino universitário. Os que teve acesso, beberam um pouco dessas propostas e se hoje ainda sim não são livres, juntos nós voamos um pouco sim e pudemos saborear o gostinho de liberdade

E ele, Adriano Alves Lopes ou “Jamaika Adriano”, tem como características principais a criatividades, habilidades artísticas, simpatia e envolvimento no fazer.

Foi professor Universitário do Curso de Artes Visuais das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Coordenador Cultural, Membro da equipe fundadora do Clube Natura, Coaching atuante prestando serviços em diferentes grupos de grandes empresas, Pedagogo, Professor de Cultura e Sociedade,  Cursou Um passeio transatlântico pela comida afrodiaspórica no Brasil, Cursou Capacitação de Agente Cultural, Cursou Educação Antirracista, Cursou História e Cultura Afro-Brasileiras e suas responsabilidades sociais , Cursou Competências Profissionais, Emocionais e Tecnológicas para Tempos de Mudança, Coordenador de Acampamentos Educacionais. Mestre de Cerimônias. Músico, compositor. Escritor do livro MÚSICAS DESSONORIZADAS, Artista atuante da música para eventos em geral.

Acesse e siga o instagram @valmirforte_tv , te espero por lá

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