Domingo, Novembro 10, 2024
InícioCOLUNISTASABALLOOWA tragédia no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.

A tragédia no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.

Mais de 400 municípios gaúchos, em pouco mais  de uma semana tiveram bairros inteiros engolidos por uma chuva que não parava de cair.

Foi a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul e já deixou pelo menos 136 mortos e afetou mais de 2 milhões de pessoas.

Desde o dia 27 de abril, áreas no Vale do Rio Pardo, na região central do Estado, já sofriam com fortes chuvas e granizo.

Mas em 29 de abril foi a data em que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o primeiro alerta vermelho de volume elevado de chuva.

Uma combinação de fatores, entre eles uma massa de ar quente sobre a área central do país, que bloqueia a frente fria que está na região Sul e faz com que a instabilidade fique sobre o Estado, foi o que causou chuvas intensas e contínuas.

O período entre o final de abril e o início de maio de desde ano ainda teve a  influência do fenômeno El Niño, responsável por aquecer as águas do Oceano Pacífico, contribuindo também para que áreas de instabilidade fiquem sobre o Estado.

O que foi potencializado pelo aquecimento global, que torna os eventos climáticos mais frequentes e cada vez mais potentes.

No dia seguinte, (30), foram registradas as primeiras cinco mortes da tragédia gaúcha, sendo duas na cidade de Paverama, uma em Pantano Grande, uma em Encantado e uma em Santa Maria.

Dezoito pessoas estavam desaparecidas naquele momento e 77 municípios já eram considerados impactados pela água, sendo que em Santa Maria, a força da água foi tamanha que destruiu uma ponte e uma segunda ponte desabou em Santa Tereza, cidade a cerca de 70 km de Caxias do Sul.

Já no dia 1° de maio, o cenário piorou dramaticamente, pois já eram 114 municípios e mais de 19 mil pessoas afetadas, o que fez ser decretado estado de calamidade pública.

Nesse dia também foram contabilizadas mais cinco mortes, totalizando 10 óbitos, sendo a metade das vítimas fatais até então era de pessoas idosas, tendo como causas das mortes, descarga elétrica, afogamento e deslizamentos de terra.

A partir da quinta-feira (2/5), o número de vítimas fatais subiu com 19 novas mortes registradas em 24 horas.

Estava sendo impossível o acesso em determinadas localidades e era sabido que haviam deslizamentos, inundações e pessoas que estavam em locais inacessíveis.

Mais de 4.500 pessoas já estavam em abrigos em todo o Estado, e veio uma advertência da Defesa Civil que a barragem da Usina Hidrelétrica (UHE) 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, estava em processo de colapso, o que fez famílias evacuarem as áreas de risco.

Na região metropolitana de Porto Alegre, foi alertado que o Lago Guaíba estava prestes a transbordar de modo “significativo”.

No dia seguinte, já eram 265 municípios afetados, mais da metade do estado, e o Lago Guaíba ultrapassou a marca histórica de 1941 e alcançou o nível inédito de 4,77 metros, causando inundações em diversos bairros da capital gaúcha, incluindo o centro histórico, e também a rodoviária e os centros de treinamento do Internacional e Grêmio ficaram debaixo d’água.

A Defesa Civil fez um alerta para rompimento parcial da barragem 14 de Julho e advertiu que moradores de sete municípios da região deveriam sair das áreas de risco e procurar abrigos.

O órgão também colocou o rio Taquari em situação de inundação severa, que fez o número de mortes chegar a 39, e 68 pessoas desaparecidas.

No sábado (4/5), o número de mortos ultrapassou o da tragédia ambiental de setembro de 2023 no Estado, quando 54 pessoas morreram em enchentes, e naquele momento, a estatística chegava a 55, com 74 desaparecidos.

Além dos danos a casas e prédios, a infraestrutura pública também havia sido atingida, e nesse dia já eram mais de 400 mil pontos sem energia elétrica e pelo menos 186 municípios sem sinal de internet e telefone, também com mais de 1 milhão de casas sem abastecimento de água.

Já parecia um cenário de guerra no Estado, e consequentemente o que ainda estava por vir era o cenário triste de pós-guerra, sendo que as autoridades locais registravam 78 óbitos e 175 feridos, com um total de 341 municípios afetados, ou mais de 840 mil pessoas.

O Guaíba continuou a subir: na manhã de 6 de maio, chegando a 5,33 metros, sem dar sinais de recuo, o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, foi fechado por tempo indeterminado.

Os aeroportos das cidades de Passo Fundo, Caxias do Sul, Pelotas e Santo Ângelo continuavam operando, e infelizmente naquele momento, já eram 85 óbitos confirmados, e 385 dos 497 municípios do estado já tinham sido atingidos de alguma forma.

Em 7 de maio, o número de desabrigados chegou a quase 160 mil, e a intensidade da chuva começou a diminuir, mas o nível dos principais rios continuava elevado e muitas cidades permaneciam com bairros inteiros sob a água.

No dia 8, o nível do Lago Guaíba, na capital gaúcha, já estava em processo de descida, baixando 20 centímetros em 24 horas, só que umanova frente fria chegou ao Estado, derrubou as temperaturas e causou mais chuvas e ventos fortes, além de riscos de raios e trovoadas.

Muitos moradores seguiam em situação dramática, com mais de 500 mil pessoas sem água, incluindo 85% da população de Porto Alegre.

Na quinta-feira (9/5), as notícias eram de mais de 1,7 milhão de pessoas afetadas, com centenas de relatos de famílias desesperadas e sem saber o que fazer diante da tragédia.

Com o desabastecimento, supermercados ficaram lotados de pessoas em busca de água mineral e alimentos básicos, mas felizmente puderam contar com voluntários que fizeram a grande diferença, ajudando a resgatar e abrigar vítimas,como também arrecadar e distribuir mantimentos.

Pessoas de outros Estados brasileiros se mobilizaram e foram rumo ao Sul do País para ajudar, muitos anônimos e algumas celebridades, entre eles, o surfista Pedro Scooby, o humorista Whindersson Nunes, o campeão do BBB 24 Davi Brito, e muitos outros usaram suas redes sociais para promover as vaquinhas virtuais arrecadando dinheiro, alimentos, roupas, água, enfim, tudo que possa ajudar o povo do Rio Grande do Sul.

Na sexta-feira (10/5), o Rio Grande do Sul já contabilizava 126 mortos, 141 desaparecidos e 756 feridos, com cerca de 1,9 milhão de pessoas afetadas em 441 municípios, com 340 mil tendo que deixar suas casas e 71 mil alojadas em abrigos.

Voluntários ainda estão chegando no Estado do Rio Grande do Sul para ajudar nos resgates e também na distribuição de água, alimentos, colchões, roupas e calçados para o povo que se encontra desabrigado por causa das enchentes.

Muitas ajudas estão aparecendo não só de outros estados do país como também de outros países, inclusive de Portugal.

Que a vida seja sempre a coisa mais importante e que a solidariedade cresça cada vez mais …

Acesse e siga o instagram @valmirforte_tv , te espero por lá

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

three + 14 =

- Advertisment -
Google search engine

Most Popular

Recent Comments